quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Maquiagem

Queda de homícidios em São Paulo ou dados maquiados?



Gilberto Dimenstein, editor da Folha de São Paulo e cronista na CBN, não é um jornalista simpático ao PT, por isso ganha relevância a denúncia de maquiagem dos dados com homícidios feitas nos governos Alckmin e Serra.
Disse Dimenstein:
"A Folha informou que cerca de 17% das mortes violentas registradas pelo Instituto Médico Legal de São Paulo em 2005 foram classificadas
como indeterminadas, ou seja, não podiam engrossar a estatística dos homicídios.
O que provoca suspeita é o fato de que essa percentagem de mortes não
definidas do IML já ter sido bem mais baixa, no final da década de 1990, quando se inicia a acentuada queda dos homicídios. Não estão computando os assassinatos para que fiquem na condição de mortes indeterminadas? Se isso estiver mesmo ocorrendo, afetaria o índice geral? É um problema do IML ou da policia que não
investiga?"
Dimenstein foi investigar esses gravíssimos fatos e obteve... silêncio.

"Conversei com técnicos da Secretaria da Segurança em busca de explicações, mas não consegui desfazer as suspeitas. Imaginei que obteria respostas rápidas e até simples sobre desvios metodológicos, mas não foi o que aconteceu. Não confirmaram o erro, mas não se sentiram em condições de negar. Pedi uma palavra oficial sobre os dados, sem resultado."
Nas palavras de Dimenstein, se confirmada a maquiagem "estaremos diante de uma das maiores empulhações oficiais dos últimos tempos."

Resumindo: a medida que os dados oficiais sobre homicídios no Estado de São Paulo iam caindo, paralelamente iam subindo os dados de mortes indeterminadas A suspeita é que a PM era incentivada a prencher o dado do jeito a favorecer a aparente queda, em benefício da propaganda tucana no Estado.

Como Dimenstein não obteve resposta, a coisa ficará por aí. Nem a mídia insistirá no esclarecimento, nem CPI alguma investigará a eventual "empulhação". LF

Nenhum comentário: