quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Demos e tucanos em ação: crianças na rua e dinheiro no banco


Maiores de três anos perdem espaço nas creches da prefeitura

Em vez de construir mais unidades para atender à demanda, a Prefeitura de São Paulo está diminuindo a idade das crianças que têm direito ao uso de creches. A atual gestão está retirando da faixa etária preferencial de atendimento nos equipamentos as crianças acima de três anos.

No ano que vem, aquelas que estão acima desta faixa só serão atendidas nas creches da rede da prefeitura caso seja coberta toda a demanda de crianças menores nas escolas pretendidas, conforme noticiou o jornal Folha de S. Paulo na edição de 16 de novembro (sexta-feira).

A criança acima de três anos que ficar sem creche será encaminhada para uma Escola Municipal de Educação Infantil (Emei), que só funciona meio período. A decisão da prefeitura revoltou vários pais. O jornal entrevistou a costureira Aleksandra Francini Santos, que ganha R$ 380 por mês, é separada e tem três filhos. Ela conta que trabalha o dia inteiro e não sabe com quem vai deixar a filha de três anos, que não conseguiu matricular em uma creche em São Mateus.

A prefeitura alega que a medida é para aumentar a oferta de vagas para os menores de três anos, pois há um déficit de 90 mil lugares nas creches, que possuem mais de 148 mil matriculados.

O Tesouro municipal dispõe de aproximadamente R$ 5 bilhões aplicados em bancos, rendendo apenas juros, e não sinaliza em investir o dinheiro em obras e serviços que beneficiem à população.


Um comentário:

Sylvia disse...

Até hoje tomo remédio para regular minha pressão arterial, que começou a subir quando percebi que Serra poderia ganhar a eleição para prefeito de São Paulo. Ainda ontem dizia para o meu analista que na gestão da Marta, quem olhasse o mapa de São Paulo de cima, veria o desenho claro e nítido dos projetos que estavam sendo desenvolvidos e agora com Kassab,o que surgem são alguns factóides uma vez ou outra, proibe feirante de gritar na feira, fecha boites, enfim, não tem projeto, não tem programa, não tem orientação, não tem norte está desnorteado. O mapa da cidade na gestão Marta mostrava a criação dos CEUS em toda sua volta, na periferia, que iria se adentrando na próxima gestão. O mapa mostrava os corredores de ônibus, as paradas, a renovação de toda frota para a implantação do bilhete único. O mapa mostrava o relacionamento que se iniciava entre periferia e centro com a abertura da Galeria Olido, onde haveriam apresentações dos talentos que começavam a pipocar nos CEUS, mostrava o Mercado Municipal com seu novo mezanino, com restaurantes de todas as nacionalidades. O mapa mostrava a zona leste toda asfaltada, todas as árvores que foram plantadas, todas as praças que foram reformadas, mostrava os túneis que facilitavam o fluxo do trânsito, os coqueiros que embelezavam certos bairros nobres...Me lembrei do Projeto Boracéia para catadores de lixo, com uma capelinha pintada de azul, com canil para que os cachorrinhos pudessem ficar junto de seus donos e sobretudo do susto maravilhoso que levei quando vi a Favela do Gato, emergindo em cores, toda urbanizada, pulsante de vida. Ah, que saudades que eu tenho, se saudade matasse, certamente eu não estaria aqui, escrevendo essas mal traçadas linhas.