segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Briga tucana vai para guerra suja


As diversas denúncias que pipocaram nos jornais em relação a gestão Alckmin em São Paulo (Nossa Caixa, CDHU, entre outras) não ficaram sem resposta. Hoje O Estado de São Paulo se faz eco de duas contra Serra-Kassab. (ver aqui no blog Cheiro ruim no ninho tucano de São Paulo: MP apura favorecimento do governo a ONG ligada a tucanos e Mais cheiro ruim no ninho tucano de São Paulo: ONGs dão salário a quem deveria fiscalizá-las)

Não é necessário ser expert em bico d'oro para saber quem move os fios da desconstrução do adversário. O enfrentamento entre Serra e Kassab, de um lado, e Alckmin e Aécio do outro, está entrando numa fase de disputa em que todos os golpes são autorizados.

Hoje o Prefeito de Rio, César Maia (DEM, partidário de Kassab) entrou em serviço encomendado para formular ameaças, sob pretexto de defender... Aécio. Segundo ele, Aécio é o melhor candidato (não era Serra?) e por isso Lula está procurando destruir-lo. Basta substituir o nome de Lula, pelo de José Serra e a ameaça fica claríssima:
"Simultaneamente determinavam - a partir do valerioduto mineiro- uma exaustiva investigação contra Aécio e a empresa que sua irmã -na época- trabalhava, tentando demonstrar operações financeiro-político-eleitorais ilícitas. O que se diz é que não se trata de enquadrar o governador no processo do valerioduto mineiro, mas de formar um amplo e profundo dossiê contra o governador, de forma a desmontar a sua candidatura no caso dela se afirmar no PSDB.

Buscam também -desesperadamente- fotos de qualquer tipo de Aécio em festas, que possam -de alguma maneira- comprometê-lo. E dizem que pagam bem, alopradamente bem." (ex-Blog de César Maia).

Como se vê, as denúncias contra Goldman, Serra e Kassab, que tinham sido arquivadas pelo procurador-geral de Justiça do Estado, Rodrigo Cesar Rebello Pinho, foram destampadas e trazidas a luz, junto com o "mensalão" das AMAs, como resposta certeira da turma de Alckmin e Aécio contra seus inimigos. A mensagem é clara: a preparação e utilização de denúncias e dossiê será revidada com os mesmos procedimentos.

Se até agora assistíamos a uma fictícia unidade de fachada, com Alckmin apostando contra os que especulavam sobre uma divisão entre Serra e ele. Agora é divergência pública na política (Ver aqui no blog Serra e Alckmin divergem sobre a CPMF em convenção do PSDB em São Paulo) e guerra suja nos bastidores. Se Alckmin continuar apostando, vai perder no jogo.

Têm muito cheiro podre saindo pelo ralo do ninho tucano. Vamos precisar tampar o nariz.

Luis Favre


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