segunda-feira, 25 de junho de 2007

Barcos de fogo, Forrocaju e outras paixões


do Blog de Tereza Cruvinel

O Brasil é mesmo um país fantástico, com sua diversidade física, étnica e cultural, com este povo que é ao mesmo tempo único e ao mesmo tempo muitos. Disso resulta nossa cultura singularíssimamente rica. Meu amigo Miguel Sousa Tavares, o escritor português que nos deu livro tão belo como o Equador, disse-me há algum tempo que, a seu ver, só dois países - Brasil e India - terão identidade próprias num futuro em que as culturas terão se tornado uma grande geléia. Riquezas e potenciais econômicos à porte, somos portadores do futuro também por conta desta pluralidade, deste olhar tão nosso sobre o mundo, de nossa forma tão própria de viver a vida. Tenho procurado, nos últimos anos, conhecer todas as grandes manifestações culturais do Brasil. Neste final de semana fui conhecer o festejo junino nordestino num dos estados onde esta tradição é mais rica e forte: Sergipe. Vou-lhes contar um pouco.

Vi o Forrocaju em Sergipe, vi a Caceteira de São João em São Cristóvao, vi o campeonato de barcos de fogo e a maratona de espadas em Estância. Há mais, muito mais por lá, mas era curto o tempo para tanta festa. Vi o São João moderno e o tradicional e todos são de impressionar.

Na sexta-feira, 22, rumo a Sergipe, passei a noite entre o aeroporto de Brasilia, o céu, a pista de Salvador e novamente o céu. Caos aéreo. Isso significa que o vôo de 8.40 da noite chegou lá às 5.30hs do sábado. Mas passou, e valeu à pena.

Sábado, 23. Eu e meu colega Raimundo Costa, do jornal Valor Econômico, não contivemos o Oh! de espanto quando contemplamos, do alto do camarote, o mar de gente dançando, agarrados ou sozinhos, se amassando, fazendo qualquer coisa no centro da grande praça do mercado. Cento e cincoenta mil pessoas nas contas oficiais da PM. Gente a perder de vista. Nesta época aquele espaço se transforma no forródromo, a arena do Forrocaju. Com este nome e esta forma foi inventada há seis anos pelo agora governador Marcelo Deda, quando se tornou prefeito de Aracaju. É como se fosse um proloooonnnngado carnaval, embora o que se cante e dance seja o forró, acompanhado de tudo aquilo: bebidas, comida, fogueiras, fogos, bandeirinhas etc. Leia mais no Blog de Tereza Cruvinel

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