quinta-feira, 19 de abril de 2007

Informação privilegiada

do Blog de Mino
19/04/2007 18:03
Informações do Conversa Afiada

Paulo Henrique Amorim é um exemplo excelente para jornalistas conscientes das responsabilidades da profissão e dotados de espírito republicano. (Esta expressão, espírito republicano, causa extrema irritação naqueles que não o possuem ou que simplesmente ignoram seu significado). Prossigo. Faz dois dias, Paulo Henrique defendeu no seu Conversa Afiada a apuração dos crimes de informação privilegiada relatados por Luis Nassif em seu livro recém-publicado Cabeças-de-Planilhas. Com especial referência ao fundador do Banco Matrix e cavaleiro de puro-sangues levados a Londres de avião para seu exclusivo deleite, André Lara Resende. O qual foi um dos pais do Plano Real, o nosso Rublo, decisivo para que amealhasse uma fortuna incalculável em poucos meses. Por sugestão do procurador-geral da República, Antonio Fernando de Sousa, Paulo Henrique encaminhou as informações colhidas a respeito dos efeitos benéficos do Real para os bolsos de um de seus mais qualificados inventores ao chefe do Ministério Público do Distrito Federal. Hoje Paulo Henrique volta à carga em outra área do poder, igualmente significativo. Trata-se de ação do governador de São Paulo, José Serra, que em Conversa Afiada é apontado como o “presidente eleito”. Se bem entendo, já eleito por ele mesmo. Ocorre que Serra, três dias atrás, perdoou multas de ICMS de empresas prestadoras de serviço de comunicação. Operação casanoviana (de Casanova, o sedutor veneto) junto aos senhores midiáticos. Leiam o post hodierno em Conversa Afiada. Notável a informação de que a Assessoria de Imprensa da Secretaria da Fazenda Paulista nega-se a fornecer os nomes dos devedores, por estarem sob sigilo fiscal. Moral da história no próprio Conversa Afiada. Transcrevo: “essas são as perguntas que se fazem em uma democracia”. Pergunta principal: a quem aproveita? À Secretaria, ao Ministério Público, à platéia, entre atônita e perplexa.enviada por mino

Um comentário:

Anônimo disse...

muito bem